segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Catarse (I)

Nossa senhora de Fátima, mãe de todas as mães. Agora que falo só contigo, posso até descurar-me no rigor linguístico, na vontade de agradar. Queria só dizer-te que o nosso menino está a desabrochar como uma linda flor. Palavras também das educadoras e das auxiliares. Imita o cão, gato, vaca, abelha, cavalo, peixe, o pato e o galo, na perfeição. Diz boca, já está, peixe, olá, lindo, caiu, mamã, papá, tchau, um dois, três, quatro e cinco.

Termina as músicas que lhe cantamos, está mais arteiro, desinibido, amoroso e interactivo. Olha-nos nos olhos, ouve-nos e percebe tudo o que lhe dizemos, à excepção das vezes em que não parece estar interessado em cumprir ordens.Olha-nos nos olhos com ternura, brinca connosco, tem um imenso sentido de humor, dá saltos quando lhe pedimos e beijos muitas vezes. Minha Nossa Senhora, não me prives do meu filho. Abre-lhe a concha, deixa-o crescer. Faz com que nada tenha, alguém das peculiaridades próprias de um ser humano. Pode até ser meio excêntrico, meio original, mas não o faças sofredor e conflituoso. Não o desprovas do seu regulador social, faz com que nunca regrida nas suas evoluções. Por ti e pelo mundo, farei tudo o que estiver ao meu alcance, é a minha promessa honesta.

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