segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Catarse (VIII)

me parece banal e insignificante. Com que andei a preocupar-me até hoje? Nada. Vulgaridades. Quem me dera sabê-lo antes. Não agora que o futuro se me apresenta como um enorme buraco negro. Nunca me senti tão sozinha e tão à mercê das incertezas. Sinto-me sem chão e tecto no meio de um tornado. O nascimento da minha bebé tornou-se um verdadeiro motivo de pânico. Que efeitos terá sobre o irmão? Positivos? Negativos? Como lidaria eu com isso, sendo tão fraca? Fiz tudo mal até agora. Não consigo fazer com que coma normalmente, sequer que durma sozinho ou que fale. Porque não fala o meu filhinho? Porque não tem curiosidade em provar tudo, se tal faz parte da natureza humana? Estarei a exigir demais dele, de mim? O que é que eu fui fazer? Qualquer que seja o meu destino, ao menos ajuda-me a não perder nem o leme nem a força. Queria muito ser feliz. Queria muito ter uma família feliz. Era o que eu mais queria.

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